O DILÚVIO E O JULGAMENTO DIVINO

(Mateus 24:37-39)

 

“Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem. Pois nos dias anteriores ao Dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; e eles nada perceberam, até que veio o Dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem”.

 

O dilúvio, também chamado etimologicamente de inunção universal, faz parte de uma série de juízos que ocorrem na Bíblia. A expulsão de Adão do paraíso, a destruição das cidades de sodoma e gomorra, as pragas nos dias de Moisés, todos estes atos divino revelam marivilhosamente o caráter e o poder de nosso Deus e nos mostra que quando o ser humano se desvia da verdade e da vontade de Deus, o julgamento vem de forma severa e imparcial.

 

A santidade de Deus não pode conviver com a maldade humana. Isso nos ensina que toda a criação está sujeita a Deus, ou seja, o Senhor está no controle de todas as coisas e o dilúvio demonstra para nós a soberania absoluta de Deus.

 

Por conta do dilúvio, a ordem de Deus expressa é que Noé deveria construir esse grande barco, em três pavimentos. Com 135 metros de comprimentos, 22 de largura e 13 de altura, ele comportaria a sua família que era composta de 8 pessoas e todas as espécies de animais.

 

Era o propósito divino para preservar as raças, principalmente os seres humanos, com a responsabilidade de perpetuar os seres na Terra. A arca de Noé tinha um propósito: ser um refúgio flutuante para Noé, para toda a sua família e para os animais, durante o tempo em que durasse o Dilúvio.

 

Essa embarcação não possuía velas nem remos nem qualquer outra forma de guiá-la. Ela não podia ser conduzida a lugar algum, a não ser pela expressa autorização divina.

 

Uma vez dentro da arca, todos dependeriam da vontade de Deus, o Senhor era o guia. O destino final da arca estava completamente nas mãos de Deus. A Bíblia Cristã declara que o dilúvio cobriu toda a Terra e destruiu a primeira civilização humana.

 

Tudo isso aconteceu porque Deus estava desgostoso com a rebeldia e a maldade do povo, incluindo os casamentos entre os “filhos de Deus” e os “filhos dos homens”.

 

O Propósito do dilúvio foi Punir e Purgar todas as criaturas terrestres com exceção de Noé, seus familiares e parte dos animais selvagens, pois todos se corromperam, com a finalidade de renovar toda a criação.

 

Essas pessoas e animais, como únicos sobreviventes dessa inundação global, seriam encarregados de repovoar a Terra. Vale lembrar que a inundação durou 40 dias. (Gênesis 6:14-16). 
 

O que o dilúvio nos ensina hoje:

1) Deus não pode conviver com a maldade, nem o mal pode imperar,

2) O Deus justo puniu a arrogância e a maldade dos homens quando essas atingiram limites máximos,

3) O principal ensino é a obediência aos preceitos divinos,

4) Não importa qual seja a tempestade, pois quando estamos com Deus há sempre um arco-íris nos esperando,

5) Esse relato nos ensina que Deus concede meios para a salvação, ofertando-a a todos os que com fé acreditam em seus propósitos,

6) Muitos vão querer entrar no barco da salvação. Porém nele, só estarão os escolhidos de Deus. Se alguém chegar atrasado a porta do barco, (a porta da graça) estará fechada e não haverá mais chance de salvação,

7) Muitas vezes pelo fato de sermos crentes em Cristo, seremos criticados, perseguidos, maltratados. Isso não foi diferente para Noé em seus dias e não será para nós. Lembre-se das palavras de Jesus: “Bem aventurado sois quando, por minha causa vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, por que grande é o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram entre vós”. (Mateus 5:11 e 12)”, e

8) Jesus prefigura a Arca da Salvação para estes dias, representando Noé, que de braços abertos, convidava a todos para entrar na Arca. Este convite é para que as pessoas de todo o mundo entendam a mensagem e possam entrar na Grande Arca, pela fé.

 

Vale ressaltar que o texto bíblico traz consolo e esperança: Deus disse que nunca mais enviaria outro dilúvio para destruir a terra (Gênesis 9.11).

 

Todavia, não podemos esquecer que Jesus confirmou a realidade do Dilúvio e afirmou de maneira incisiva em Mateus 24.37-39, que em um mundo de impunidade, de corrupção e de violência, ainda que sem muitas águas, o julgamento divino irá chegar! Como da primeira vez, é importante estarmos preparados para o próximo julgamento que sem sombra de dúvida é inevitável. Que o senhor nos abençoe!
 

Pr. Dr. Gervásio Melquiades Gomes